quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Ultracrepidarium !



                Como depois você poderá verificar no Google, ultracrepidarium  (que você achará na definição  ultracrepidarismo) é uma expressão que significa que você não deve ir além da sua capacidade ou competência, ou seja, cada um na sua esfera e não se meta naquilo que desconhece.
                  Imagine que em sua casa se instalou uma colméia :  o correto é voce chamar os bombeiros ou um apicultor para fazer a remoção de forma segura, porque essas pessoas sabem fazer esse serviço, tem a técnica, a competência e o equipamento para isso.  Mas voce não tem nenhuma dessas coisas mas mesmo assim  (ultracrepidarium !)  resolve que voce mesmo vai  "dar um jeito nessas abelhas",  e aí tem várias alternativas para voce fazer a sua tragédia pessoal.  Pode ter achado que era uma boa idéia jogar algum produto químico, tipo creolina, na colméia ;  pode ter usado fumaça para espantá-las ;  pode ter usado uma mangueira pra expulsá-las com água ;  enfim, alternativas não faltam, mas infelizmente pra você, todas perigosas.  Em qualquer uma delas o máximo que você vai conseguir é enfurecer essas abelhas, que vão sair em enxame e atacar o que se mexer perto delas, aí elas vão picar você, todos da casa, seus animais domésticos e até vizinhos.
                   Há coisas que só podem (ou ao menos só deveriam) ser feitas por quem é habilitado para isto.  Essa analogia das abelhas é perfeitamente ilustrativa para o caso em que estou envolvido agora :  um cidadão mudou-se para uma casa, cerca de dois anos atrás, e desde então ele percebe coisas estranhas ocorrendo por lá.  Tem de tudo, de sombras a mudanças bruscas de temperatura,  de vozes a cheiros desagradáveis que surgem e se vão de repente, objetos que mudam de lugar, etc. etc. É nessa hora que costuma surgir o  especialista em generalidades, aquele amigo que sabe tudo e tem a solução para todos os problemas, desde uma unha encravada até como obter a paz no Oriente Médio, e é esse amigo que lhe diz como  "limpar o lugar, que é mal-assombrado".  E o cidadão deu ouvidos e foi, ele mesmo, tentar a tal limpeza.
                   Muniu-se de Bíblia, água benta, incensos e um crucifixo e começou uma espécie de exorcismo.  Exatamente como seria no caso das abelhas se você jogasse algum produto nelas, as entidades da casa se enfureceram, e a situação ficou muito pior do que estava antes, ao ponto de em uma semana as entidades matarem os dois cachorros, e só não mataram o gato porque esse conseguiu fugir e não voltou mais.  Isso mais o fato de que a vida ali ficou insuportável de todas as formas, as pessoas sentindo um ódio sem motivo umas pelas outras, brigas sem fim, toda espécie de problema, lâmpadas novas queimando a toda hora, vazamentos e infiltrações por todo o lugar, infestação de insetos, objetos quebrando sem mais nem menos, além de pesadelos horríveis para quem conseguisse dormir nesse lugar.
                   Você poderá achar que agora sim o sujeito entendeu a bobagem que fez e procurou ajuda especializada, não é ?  Ledo engano !   Agora ele foi buscar um outro leigo igual a ele e tentaram mais alguma coisa estúpida, tipo andar pela casa recitando Salmos da Bíblia enquanto um joga água benta e o outro joga punhados de sal grosso.  Uma situação que já parecia ruim ficou insustentável, mostrando a sabedoria daquele ditado que diz que não existe situação que seja ruim o bastante para que não possa ficar ainda pior.  E ficou.  Agora uma das entidades se tornava visível e aparecia em diferentes cômodos da casa, empurrando e apavorando as pessoas. Quando a entidade é forte o bastante não apenas para se tornar visível mas para fazer agressão física é sinal de que matar alguém é só uma questão de tempo. Foi mais ou menos por aí que alguém me contatou. Como fica meio distante daqui era preciso avaliar a situação, então pedi que fizessem uma gravação, em vídeo, da casa, para que eu localizasse as fonte das anomalias.  As imagens que me mandaram eram estarrecedoras, logo nas primeiras cenas já apareciam as presenças, miasmas por vários cômodos, entidades perduradas no teto de cabeça pra baixo, outros que rastejam no chão, e na cozinha estava ele, quem era quem eu estava procurando, o chefe :  havia um quiumba na casa, e esse é que é o dono do circo.
                 Era tão grave a situação que mesmo sendo um pouco longe eu fui lá pessoalmente, na verdade estou tendo de ir algumas vezes porque é tanta coisa lá que não pode ser feito de uma vez só e preciso fazer várias visitas.  Aqui deixo um conselho : antes de você se mudar, procure saber o que acontecia ali antes, quem morava lá, etc.  Pedi que o morador fizesse essa pesquisa e ele descobriu que uns 10 anos atrás aquela casa foi uma espécie de boca de fumo para playboys mas ocorreram mortes ali dentro, e se sabe que duas mortes foram por briga entre traficantes e uma  morte foi overdose.  Depois morou ali uma senhora muito problemática e sua filha, até que a filha, depressiva, se suicidou   (era aquela entidade que rastejava, suicidas sempre rastejam), e os últimos moradores antes dele eram um casal e o homem matou a mulher na porta da frente, e fugiu. Aí a casa ficou fechada uma temporada e tempos depois colocaram à venda, e então esse cidadão se mudou pra lá.
                   Estou deixando o quiumba por último porque esse vai dar muito trabalho pois é hostil e extremamente agressivo, mas eu também posso ser se ele quiser. Já retirei quase todas as entidades dali, algumas de maneira rápida, outras de modo um pouco mais trabalhoso, mas estão saindo.  De todo modo, mais umas visitas e terei limpado tudo, mas fica aqui o aviso :  se algo assim acontece com você, não tente resolver isso você mesmo, NUNCA dá certo.  Procure alguém que lide com isso, mas não vá você mesmo se meter a querer desalojar entidades espirituais, isso nunca acaba bem.


                     Mago  Daniel de Ávila,  O.'. A.'.
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segunda-feira, 20 de abril de 2015

Desencarnados - Dúvidas ( 1 )

          São muitas as perguntas que me são feitas a respeito dos desencarnados, então vamos esclarecer alguns pontos.

1.  Assim como nem todos nós podemos vê-los, também entre eles nem todos podem nos ver ;

2.  Nem todos são deliberadamente maus, mas a simples presença deles acarreta distúrbios no fluxo de energias circulante, tanto de pessoas como de ambiente ;

3.  Uma boa parte dos desencarnados só pode permanecer um tempo no umbral e um tempo no plano físico, mas esses não são livres para circular e ficam presos ao local onde ocorreram as suas mortes, e é por isso que cemitérios tem pouca atividade espiritual mas os hospitais são imbatíveis quanto à quantidade de desencarnados presentes ali ;

4.  A morte não melhora ninguém, de maneira que quem era mau em vida continuará sendo como desencarnado. Há uma tendência das pessoas em achar que só porque morreu, aquela pessoa agora se tornou bondosa. Basicamente ela continua sendo aquilo que era quando encarnada, sendo que só o que mudou é que agora ela não tem mais um corpo físico ;

5.  Há desencarnados que não ficam presos aos locais das suas mortes e podem circular, embora também para esses vigore a regra que estabelece que tem de passar um tempo aqui e outro tanto no umbral. É por esta razão que naqueles ambientes e casas ditas assombradas se percebeu que há períodos de calmaria e períodos de atividade. Quando há essa calmaria é porque aquele desencarnado foi obrigado a se ausentar por certo tempo, mas em algum momento ele vai voltar e a atividade recomeça ;


6.  Em quase todos os casos, a presença de desencarnados em um ambiente tenderá a causar alterações físicas, tais como súbitas variações de temperatura, odores e oscilações na corrente elétrica ;



7.  A presença de um desencarnado junto a um ser humano vivo tenderá a causar sensações estranhas, como arrepios, formigamentos e sensação de eletricidade estática, além de um sentimento de desconforto e opressão. Dependendo do grau de obsessão já atingido teremos aí um quadro que envolve interferência em sonhos e ouvir vozes ;


8.  Um desencarnado não pode possuir um ser humano vivo, como o fazem outras entidades,  mas pode incorporar por breves momentos, tudo dependendo do nível das defesas mentais e áuricas de que disponha a pessoa para impedir isso ou até para facilitar, pois que há pessoas que permitem essas incorporações ;


9.  Desencarnados não tem capacidades telecinéticas, de modo que não podem mover objetos, mas alguns o fazem, porém pra isso utilizam energia roubada da pessoa que estão obsediando ;


10.  Assim como nem toda pessoa consegue ver desencarnados, também nem todos eles conseguem ver as pessoas, porém muitos deles localizam pessoas através de algo que chamamos "assinatura energética"  ou afinidade, ou seja, acham pessoas específicas ou afins de acordo com o nível vibratório.  Mas há aqueles que são mais avançados e podem ver as pessoas vivas como se eles também estivessem vivos.

                               Mago  Daniel de Ávila
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quinta-feira, 16 de abril de 2015

Desencarnados nas igrejas

         Há algum tempo em uma palestra eu mencionei algo que parece ter despertado a curiosidade e a preocupação de muitas pessoas, que me pediram que explicasse a afirmação com um pouco mais de detalhamentos.
         Eu mencionei que um lugar que costuma ter muitas presenças de desencarnados, a maioria hostís, era a igreja.  Não qualquer igreja. Me refiro especificamente, em um primeiro momento, às igrejas católicas, e tanto mais antigo for o prédio tanto maior será a intensidade das manifestações.
         Na palestra em questão eu disse que, fora do horário das celebrações, ou seja, nos horários em que não esteja sendo celebrada a missa, nem batizados, casamentos, etc., se você tiver de ir a uma igreja e for até o altar, evite passar naquele corredor central.  Prefira ir pela lateral, mas não pelo corredor do meio. Ocorre que, como quem for clarividente poderá comprovar, é grande o número de desencarnados que ficam ali naquele corredor. Alguém perguntará a razão disso e eu responderei :  eles vão ali para insultar a Deus, para dizer coisas horríveis contra Jesus, o céu, anjos, santos, etc. Muitos impropérios, palavrões, maldições. Mas por que fazem isso ?  Eles fazem isso porque se sentem traídos, e quanto mais tenha sido religiosa em vida a pessoa, tanto mais revoltado o desencarnado.
        Durante a vida a pessoa nutria a idéia de que ao morrer ela seria imediatamente recebida por Jesus que a conduziria ao Céu onde ela e ele "se sentariam à direita do Pai todo-poderoso" e que receberia seu "corpo glorioso" e viveria em bem-aventurança por todos os séculos dos séculos, etc.   Ocorre que ao morrer ela se depara com uma realidade totalmente diferente disso, não foi recebida, não tinha tronos, nada daquele céu que ela foi condicionada a acreditar, e de um instante para o outro ela se vê numa realidade pós-morte que ela não consegue entender. Além de estar confuso, o desencarnado se vê numa região chamada umbral, que é o lugar que a Bíblia se refere como "o vale da sombra da Morte". Como os conceitos de tempo e espaço só dizem respeito à matéria, o desencarnado não tem referenciais e crê que ficará ali para sempre, o que é seu equívoco.
         Em seu desespero ele logo descobre que é possível ficar algum tempo fora desse lugar e voltar à Terra. Às vezes ele consegue se aproximar de seus parentes vivos e mesmo não sendo essa a intenção ele se torna um obsessor.  Mas em outras tantas vezes ele acha o caminho de uma igreja e vai para lá, insultar a Deus a quem ele acusa de o haver traído.
         Quando está havendo uma celebração religiosa ali, a energia mental dos participantes e a egrégora do lugar geram uma emanação que repele essas  entidades, mas nos momentos em que não está havendo celebração nada impede sua entrada. A maioria desses desencarnados não vê as pessoas ali, mas outros as podem ver e se dirigem a elas também, dizendo coisas como  "vá embora, eu também acreditei nessas mentiras, mas não existe Deus nem Jesus, e se existem não se importam e abandonam a gente".  Mas o mais normal é vê-los ali ao longo do corredor gritando insultos para o altar.  Isso gera uma energia de baixa vibração que não fará bem a quem estiver ali.

                          Mago  Daniel de Ávila
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